Princípios norteadores da ação pedagógico-didática
Deseja-se que a educação seja voltada à preparação do aluno para o mundo e suas contradições, dando-lhes condições de adquirir conteúdos, de socialização e de participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
Assim, não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, mas relacionados à sua importância humana e social, por sua vez os métodos devem vir subordinados aos conteúdos e estes devem promover a aquisição do saber vinculado à realidade social e aos interesses dos educandos.
A avaliação não deve ser apenas para comprovar para o aluno o seu progresso, deve mostrar também para o professor as dificuldades que não forem superadas a fim de que ele possa redirecionar as suas ações.
O centro da educação é o aluno e o professor deve ser o mediador do processo ensino-aprendizagem e a relação deverá ser de colaboração, de troca, confrontando conteúdo escolar e as experiências dos alunos.
O processo de ensino-aprendizagem deve ter como finalidade possibilitar a todo ser humano condições de elaborar pensamentos autônomos e críticos formulando o seu próprio juízo de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo como agir nas diferentes circunstâncias da vida. Para tanto não se deve excluir os conteúdos sistematizados, elaborados cientificamente e assim buscar relaciona-los à realidade dos educandos associados à sua experiência de vida.
O professor deverá ser assim o elemento essencial e decisivo no equilíbrio da escola, procurando viver o cotidiano escolar em conformidade com uma visão democrática da vida, isto é, reconhecer a importância das relações interpessoais no interior da comunidade educativa.
A relação professor-escola-família-comunidade, deverá acontecer de maneira convergente e complementar em favor do desenvolvimento pessoal e social dos alunos.
A escola deve conduzir o aluno a respeitar a pluralidade cultural e religiosa do próximo, e obter seus próprios princípios religiosos, trabalhando também, os princípios morais e éticos necessários à formação de um ser dual, constituído de corpo e espírito.
A participação dos alunos deve ser de forma ativa, pois é importante para que ele saiba ultrapassar suas necessidades e criar outras, ganhando assim autonomia para ajudá-la a distinguir a verdade do erro, e a compreender as realidades sociais da sua própria experiência.
Construir uma consciência técnica-emocional de forma que eles possam reconhecer a importância e a contribuição da cultura no desenvolvimento da imaginação, criatividade, descobertas e experimentos. Associado a construção e formação, do condicionamento corporal, buscando suportes físicos e técnicos, traduzindo em momentos de bem estar e conforto nas atividades realizadas.
Para atingir esta proposta, o estudo das diversas áreas do conhecimento tem como significado último: criar, refletir, construir, aprender, participar, expressar, conversar e, acima de tudo, entender o mundo e seus problemas; a liberdade e seus limites; ser solidário, amar e respeitar o próximo; fazer a relação destes conceitos com os conteúdos que “ganham vida” quando o aluno coloca significado no que aprende, ou seja, faz relação da teoria com o mundo real; além de entender, respeitar e educar o próprio corpo.
Vale ressaltar que para um melhor desempenho das atividades é necessário que a escola ofereça um ambiente não só bem estruturado e dotado de equipamentos e recursos áudios visuais adequados a um bom ensino-aprendizagem, mas que sobretudo exista um clima que facilite um trabalho harmonioso e interativo com as condições necessárias para construir o conhecimento de forma prazerosa.
Nesta escola democrática, participativa e comprometida, os recursos devem ser administrados priorizando as necessidades do corpo docente, discente, pedagógico e técnico-administrativo, tendo sempre como fim maior, a melhoria do ensino-aprendizagem. O ideal será que a utilização desse recurso seja definida não só pelo corpo de professores, mas também pêlos funcionários, alunos e pais.
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